PROJETO RÁDIO
COMUNITÁRIA DO ALTO JEQUITINHONHA
1 – APRESENTAÇÃO
1-1- Nome do projeto: RÁDIO COMUNITÁRIA (RC) DAS ÁGUAS VERTENTES
1-2- Entidade proponente: FUNIVALE – Associação pró-FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA DO VALE DO JEQUITINHONHA
1-3- Responsável pelo projeto: Evandro Bastos Sathler – Assessor jurídico – OAB-RJ 98333
1-4- CNPJ: 20.570.065/0001-80
1-5- Endereço: Rua Campo das Flores, 96 – São Gonçalo do Rio das Pedras – Serro – MG – 39.159-000
1-6- Tel / fax: (55 – 38) 35416007
1-7- Internet: www.funivale.org.br funivale@ivituruynet.com.br
1-8- Dirigente: Leonardo Clementino Nunes (presidente – 2001-2003)
2 – APRESENTAÇÃO DO PROJETO
O presente projeto visa a captação de R$7.584,50 (Sete mil quinhentos e oitenta e quatro reais e cinqüenta centavos) para a implantação da Rádio Comunitária (RC) das Águas Vertentes, no distrito de São Gonçalo do Rio das Pedras, pertencente ao município do Serro, alto vale do rio Jequitinhonha, no centro-norte de Minas Gerais.
A região está localizada no bioma
cerrado de altitude. Uma grande área com 76.310 ha. foi decretada em
1998 Área de Proteção Ambiental – APA das Águas Vertentes, Decreto MG 39.399/98
(anexo 2). Esta Unidade de Conservação - UC está em implantação pelo Instituto
Estadual de Florestas - IEF-MG.
Rádio Comunitária é uma emissora de baixa potência e administrada por um conselho comunitário, sem fins lucrativos. Não pertence a religião, partido político ou empresa; seu objetivo é o desenvolvimento da comunidade (LUZ, 2001)[1], nos seus mais variados aspectos, em especial na conscientização ambiental, conforme a Lei Federal 9.612/98 e regulamentada pelo Decreto 2.615/98.
Embora a emissão das RCs seja limitada legalmente a uma potência de 25 watts, operando em Freqüência Modulada (FM), portanto de alcance restrito, a geografia da região (altitude em torno de 1.000 metros) indica a possibilidade de um alcance natural maior, podendo atingir três outras comunidades do entorno, além da população isolada no campo. Toda esta população está estimada entre 3 e 4 mil almas.
Pela natureza das RCs, a programação deve ser a mais eclética possível, enfatizando, entretanto, a questão ambiental, contribuindo assim no processo de implantação da APA das Águas Vertentes e conseqüente programa de conservação dos mananciais, matas ciliares, conservação do solo e projetos econômicos auto-sustentáveis. Além dos aspectos ambientais, a RC pode ampliar a atuação da escola local e contribuir para os variados projetos comunitários em andamento nas comunidades do entorno.
3 – OBJETIVOS
O projeto possui objetivo geral e específicos.
3 – 1 – Objetivo geral:
Dar voz à população isolada no meio rural, enfatizando a comunicação como alavanca para a conservação da natureza, para a cidadania ambiental e para as manifestações artísticas e culturais.
Justificativa: Atualmente a comunidade é servida por um sistema de comunicação conhecido por “Rádio Corneta”. Trata-se de um auto-falante (tipo corneta), localizado na torre da igreja, que veicula informações sobre missas, vacinação, avisos fúnebres, entre outros. Seu alcance é restrito, chegando apenas a uma parte da comunidade.
A população da região é carente de meios de comunicação mais apropriados, aproximados de sua realidade e de acesso facilitado. As rádios comerciais não têm condições de suprir esta carência, pois são fisicamente distantes, possuem um custo de veiculação fora da realidade local e, muitas vezes, o sinal é minimamente captado. Acredita-se que a RC proposta venha suprir esta demanda, não invalidando a tradicional Rádio Corneta, que poderá conviver em harmonia com a RC.
3 – 2 – Objetivos específicos:
A implantação da RC poderá:
Justificativa: O processo de implantação de UCs, qualquer que seja sua modalidade, não é tarefa fácil. No caso da APA das Águas Vertentes, sua implantação demanda um amplo e longo esforço de conscientização da população residente intra e extra APA, dado à sua extensão e objetivos específicos (vide anexo 2). A RC proposta poderá cumprir boa parte deste papel, haja vista a popularidade do veículo rádio, levando informações simultaneamente a um grande número de pessoas.
Justificativa: Existem vários projetos de cunho social e educativos em andamento na comunidade, eclipsados pela Associação Cultural e Comunitária de São Gonçalo Sempre Viva, Associação Clube de Mães de São Gonçalo do Rio das Pedras, Sociedade Vicentina, Grupo de Jovens e a proponente. Reuniões e assembléias ocorrem freqüentemente. A RC facilitará a comunicação e divulgação das agendas em andamento na comunidade, servindo ainda de veículo do órgão gestor (IEF-MG) na implantação da APA das Águas Vertentes.
Justificativa: A Escola Estadual Mestra Virgínia Reis está localizada em São Gonçalo do Rio das Pedras. Jovens de São Gonçalo e das comunidades do Vau (7 kms), Milho Verde (6 kms.), Capivari (18 kms.) e Três Barras (13 kms.) freqüentam esta escola, que é a primeira localizada num distrito rural em Minas Gerais a ser servida pelo segundo grau, que foi implantado em 1999, graças aos esforços de toda a comunidade. A RC poderá cumprir um papel complementar ao currículo escolar, promovendo a difusão do conhecimento via rádio, através de aulas, debates, entrevistas e palestras.
Justificativa: A comunidade possui tradições do período colonial, ligadas em especial à extração do ouro e diamantes, pois estava inserida no famoso Distrito Diamantino: um enclave na colônia, segregada por regras extremamente rígidas. Boa parte da população é de origem negra, existindo, inclusive, comunidades com descendência direta de ex-escravos. Suas tradições e manifestações, folclóricas e artísticas, merecem um espaço livre de expressão. Além deste aspecto peculiar, existem manifestações religiosas e folclóricas importantes e consolidadas na cultura regional, verificadas nas datas e festejos. Acredita-se que a RC facilitará a divulgação destas manifestações a um público mais amplo e independentemente de época, contribuindo assim para a memória cultural da região, ao mesmo tempo que estimula os jovens nos trabalhos de radiodifusão, como locutores, operadores de mesa, entre outras atividades análogas.
· Agilizar a integração dos pequenos produtores rurais;
Justificativa: A comunidade viveu por muitas décadas da atividade extrativista do ouro e diamante. Com as restrições ambientais impostas nos últimos anos e o desgaste natural dos depósitos de aluvião, esta atividade está em franco desaparecimento. Faz-se necessário uma alternativa econômica que garanta sustento para a população. Alguns pequenos produtores rurais plantam e colhem várias culturas em regime de subsistência. O Projeto Terra Mãe, hoje Escola Agrícola Terra Mãe, especializado em agricultura orgânica, idealizado pelo proponente, funciona muito bem e vem demonstrando a capacidade de produção da terra, quando agregados esforços de conservação do solo e insumos naturais. A criação de uma Cooperativa de pequenos produtores rurais na região vem sendo estudada e exercitada. A RC cumprirá um papel muito importante na congregação de pequenos produtores rurais. A divulgação de técnicas e experiências, além do intercâmbio comercial, que poderá ser promovido através de uma bolsa de produtos e divulgados pela RC em toda a região, contribuirá para o cooperativismo e o fomento da economia local, de forma cada vez mais sustentada, com seus naturais desdobramentos ambientais.
Justificativa: Fora o núcleo urbano de São Gonçalo do Rio das Pedras, (aproximadamente 800 habitantes), existe uma população espalhada pelo entorno, em fazendas e roças, que são alcançadas por precárias estradas de rodagem, cavalgadura ou à pé. O fluxo à comunidade se dá, principalmente, nos fins de semana ou em datas festivas. A RC poderá funcionar integrada ao sistema de telefones e internet, como proposto pelo Projeto Gemas da Terra (Telecentros), em parceria com a Gestora (vide site da proponente), além dos correios e transporte coletivo, contribuindo assim para comunicar à população sobre os diversos eventos na comunidade; chegada de correspondências e encomendas; avisos fúnebres; recados de parentes que vivem nos grandes centros, entre outros.
4 – METODOLOGIA
O proponente do Projeto Rádio Comunitária das Águas Vertentes visualiza sua plena implantação no período de 12 meses, em três fases distintas: preliminar, preparatória e executória. A tabela 1 abaixo, demonstra o Cronograma de Atividades e Fases, considerando-se os três primeiros meses (fase preliminar) dedicados à captação de recursos.
Embora a proponente esteja capacitada, nos termos da lei, para responsabilizar-se como figura central da RC, entende esta que seu papel é de facilitador do processo de implantação. Mas cabe à comunidade, através do Conselho Gestor da RC, congregar as diferentes lideranças e esculpir a existência da RC, exortando seu caráter democrático, eclético e disseminador de conhecimentos, numa mistura de entretenimento e educação, conservação ambiental e serviço público.
Para as fases preliminar e preparatória serão elaborados relatórios, especificando o andamento do projeto e prestação de contas. Para a fase executória será elaborado um relatório tão logo a RC entre no ar, e um relatório mensal até que se complete os 12 meses do projeto. Após este período, a RC entra no seu período de maturação, ficando definitivamente nas mãos da comunidade, através de um Conselho Gestor. No Regimento Interno da RC se fará constar sobre a elaboração e periodicidades de relatórios, entre outros aspectos.
4 – 1 – Fase preliminar: Constitui-se no levantamento de informações, como fornecedores e custos de equipamentos, além da divulgação do projeto visando a captação dos recursos necessários para sua implantação .
4 – 2 – Fase preparatória: Tem início logo após a aprovação do projeto por fonte financiadora, e conseqüente liberação dos recursos. Nesta fase inicia-se o procedimento de legalização da RC junto às autoridades de telecomunicação e convocação do Conselho Gestor da RC, que elaborará o Regimento Interno e um Código de Ética. Ainda nesta fase se procederá na aquisição dos equipamentos.
4 – 3 – Fase executória: Inicia-se com a instalação dos equipamentos da RC no Prédio Paulo Freire, pertencente ao proponente. Há disponibilidade de espaço e sua localização demonstra ser ideal para a antena. Posteriormente a RC poderá ser relocada para outro local mais apropriado, decisão esta a ser tomada pela comunidade através de seu Conselho Gestor.
Inauguração
das instalações e início do programa de treinamento e capacitação para os interessados em veicular programas
esporádicos ou permanentes. Esta dinâmica deve funcionar na prática aprender-fazendo.
Após a fase de treinamento e capacitação, assunção do Conselho Gestor à coordenação geral da RC, quando a mesma sai da coordenação pelo proponente.
Tabela 1
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES POR FASE
|
|
|
|
M |
E |
S |
E |
S |
|
|
|
|
|
1 |
2 |
3 |
4 |
5 |
6 |
7 |
8 |
9 |
10 |
11 |
12 |
PRELIMINAR |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Informações sobre fornecedores e custos de equipamentos de RC |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Captação de Recursos |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
PREPARATÓRIA |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Liberação dos recursos |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Legalização da RC |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Convocação do Conselho Gestor |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Elaboração do Regimento Interno e Código de Ética. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Aquisição dos
equipamentos |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
EXECUTÓRIA |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Instalação dos equipamentos |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Inauguração das instalações e início do programa de treinamento e capacitação |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Assunção do Conselho Gestor à coordenação geral da RC |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
5 - CUSTOS DO PROJETO
Abaixo encontra-se o dimensionamento ideal de uma RC, com os custos dos equipamentos, serviços de consultoria técnico-operacional e coordenação, divididos em 4 momentos. Todas as despesas descritas nos momentos 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4 ocorrem entre os meses 4 e 9, conforme tabela 1. Os meses 1 ao 3 não possuem custos; e os meses 10 ao 12, caso existam custos, estes correm exclusivamente por conta da RC e seu Conselho Gestor, através de patrocínio ou subsidiado pela proponente e/ou outras entidades locais.
5.1-
EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS: R$3.612,50
·
Transmissor Marca dB-NET mod. T-100 - 25 Watts - stereo - R$1.655,00;
·
Antena plano terra de 5/8 marca ELECTRIL mod. Brasilia 1 - R$90,00;
·
Cabo coaxial marca KMP mod. RGC-213 (25 metros) - R$127,50;
·
08 Cabos de áudio para os equipamentos de estúdio R$32,00;
·
02 Conectores UHF para antena R$ 8,00;
·
Mixer para periféricos marca GEMINI mod. PDM-14 - R$680,00
;
·
02 CD Players Singles - R$760,00 (os dois);
·
02 Microfone marca BERINGER mod. MX-200 - R$260,00
(os dois).
5.2-
EQUIPAMENTOS COMPLEMENTARES: R$1.772,00
·
02 Pedestal de mesa para microfones - R$42,00 (os
dois);
·
Fone de ouvido stereo R$ 80,00; Mastro telescópico - R$120,00;
·
MDR marca Sony - R$690,00;
·
Deck Cassete - R$390,00;
·
Linha Hibrida marca TECLAR - R$290,00;
·
Direct-Box para telefone in e out - R$190,00
/ par;
·
CD ROM com aplicativos, apostila e arquivos diversos para a
emissora - R$ 50,00.
TOTAL GERAL DOS EQUIPAMENTOS: R$5.384,50
5.3- SERVIÇOS DE CONSULTORIA E ASSESSORIA
TECNICO-OPERACIONAL = R$1.000,00
·
Transporte do equipamento adquirido até o local de
instalação + Instalação dos
equipamentos de áudio + Instalação do transmissor + Calibragem do transmissor no local + Calibragem da antena no
local + Avaliação técnica de propagação
e definição de dbu (exigida por lei) +
operação técnica + Legislação e orientação para regulamentação + Publicidade para RadCom = R$1.000,00
incluindo despesas com transporte e viajem partindo-se da base São Paulo / Rio
de Janeiro. TOTAL:
5.4- COORDENADORIA DO PROJETO = R$1.200,00
Uma verba de representação mensal de R$200,00 para a coordenadoria do projeto, ao longo dos seis primeiros meses de implantação.
6 – ANEXOS
Anexo 1
FUNIVALE - Breve histórico e resumo das
atividades
A FUNIVALE é
uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, estabelecida em 1989. Seu
objetivo é a instituição de uma universidade livre, experimental e comunitária
no vale do Jequitinhonha, Minas Gerais.
A sede da
FUNIVALE - casa Guimarães Rosa - está localizada numa área com aproximadamente
100.000m2, no distrito de São Gonçalo do Rio das Pedras, Serro – Minas Gerais.
Na área da sede
encontra-se em funcionamento experimental o Projeto Terra Mãe, transformado em
Escola Agrícola Terra Mãe, que vem formando alunos na arte da agricultura
orgânica, em parceria informal com a Escola Estadual Mestre Virgínia Reis e a
EMATER do Serro - MG. A escola funciona no Prédio Paulo Freire, financiado pela
Fundação Vitae. Os alunos cadastrados, atualmente em número de 18, dedicam um
turno - compatível com o horário escolar - no aprendizado de técnicas de
agricultura orgânica e recebem uma quantia mensal em dinheiro a título de bolsa
de estudos. O projeto já vem produzindo hortaliças de excelente qualidade, e
abastecendo a escola e a creche comunitária, e seu excedente é colocado à
disposição da comunidade de São Gonçalo a custos simbólicos.
O Projeto Berço
da Flora, previsto para funcionar agregado ao Terra Mãe, tratará da produção de
essências nativas do alto Jequitinhonha, para recuperação de áreas degradadas
pelo garimpo, recomposição de mananciais e matas ciliares, além da formação de
bosques de frutíferas, madeira e lenha. O projeto prevê ainda a criação de um
banco de sementes e funcionará na mesma dinâmica do Projeto Terra Mãe.
As instalações
da casa Guimarães Rosa vêm sendo utilizada, provisoriamente, como oficina de
entalhe em madeira, onde jovens interessados na arte recebem aulas gratuitamente.
No anos de 1999 a FUNIVALE empreendeu a
Expedição Spix & Martius, entre Ouro Preto e Diamantina, em comemoração aos
10 anos de fundação da entidade. O projeto teve a parceria do SENAC-MG, TROPA
SERRANA, EDITORA ESTRADA REAL, LIS PRODUÇÃO E FAZENDA NOVO HORIZONTE. O
empreendimento foi também uma homenagem aos naturalistas bávaros Spix &
Martius que viajaram pelo Brasil em tropa de muares no começo do século XIX.
Durante a Expedição foram realizadas pesquisas, em particular, sobre atividade
tropeira na Estrada Real, além da produção de relatórios pelos pesquisadores
caminhantes e cavaleiros, abrangendo diversas áreas.
A consolidação
do campus da FUNIVALE se dará com a construção da Biblioteca Osvaldo França
Junior, juntamente com o Auditório Telesmar Afonso de Menezes, bem como a
construção das 10 primeiras salas-de-aula. Com esta infra-estrutura, será
possível promover uma agenda multidisciplinar de eventos, como encontros,
cursos, seminários e congressos, para as representações culturais do Vale do
Jequitinhonha. Inicialmente o público alvo são os Secretários Municipais de
Educação (municípios do Vale do Jequitinhonha) bem como professores da rede
escolar municipal (urbana e rural) do vale. Prevê-se a construção de uma
unidade de alojamento por município do vale, onde funcionará a República
(Embaixada) de Araçuaí, de Itaobim, de Virgem da Lapa etc. Previsto ainda
refeitórios e demais instalações mínimas de um campus universitário.
Destaca-se que,
uma universidade não se constrói apenas edificando prédios - tijolo por tijolo
- mas desenvolvendo o conhecimento, com idéias sobre idéias. Uma universidade
não é só aquela que reúne professores e doutores, que concede títulos, mas
sobretudo aquela que viabiliza o conhecimento, que promove o encontro da
ciência com a consciência, que une aquele que quer aprender com aquele que tem
algo para ensinar.
A FUNIVALE
possui um site na INTERNET desde 1995, podendo ser acessada em
www.funivale.org.br
A FUNIVALE é
financiada basicamente por doações de particulares e conta com a parceria de
entidades financiadoras da Alemanha. Toda sua diretoria colabora
voluntariamente com a entidade, entre indas e vindas, há quase dez anos.
Organizações de base que se beneficiam dos projetos desenvolvidos
em parceria com a FUNIVALE:
Associação
Comunitária AMPLIAR - Minas Novas/MG;
Associação
Comunitária Unidos de Três Barras - Serro/MG;
Associação
Comunitária do Ausente Mata Virgem – Serro/MG;
Associação
Comunitária de Boa Vista de Lages Águas Lindas – Pedro Lessa – Serro/MG;
Associação
Comunitária Vila Deputado Vicente Augusto Clementino Mato Grosso - Serro/MG;
Associação
Comunitária do Vau Jequitinhonha – Diamantina/MG;
Associação
Comunitária de Conselheiro Mata – Diamantina/MG;
Associação
Comunitária de Rodeador – Monjolos/MG;
Associação
Comunitária de Santo Antônio do Itambé Perto do Céu – Santo Antônio do
Itambé/MG;
Associação
Cultural e Comunitária de São Gonçalo Sempre Viva - São Gonçalo do Rio das
Pedras - Serro/MG;
Associação
Cultural e Comunitária de Milho Verde - Serro/MG;
Associação
Clube de Mães em São Gonçalo do Rio das Pedras - Serro/MG;
Associação
Manoel Francisco Lisboa - Fidalgo - Pedro Leopoldo - MG;
Associação
Pró Meio-Ambiente e Cultural Caminhos da Serra - Gouveia/MG;
Associação
Pró-Melhoramento de Capivari Mãos Dadas - Serro/MG;
Campanha
Revitalização do Lajeado - Milho Verde - Serro/MG;
CEPART –
Centro de Produção, Aprendizagem e Recreação de Tombadouro
– Datas/MG;
Centro
Comunitário de Barão de Guaicuyí – Gouveia/MG;
Centro
Comunitário de Atividades Produtivas – Cuiabá – Gouveia/MG;
Conselho de
Desenvolvimento Comunitário de Monte Belo – Montebelo / Santana – Carbonita/MG
Grupo de
Jovens - São Gonçalo do Rio das Pedras - Serro/MG;
Organizações que passaram recursos financeiros para a Funivale
aplicar no desenvolvimento de seus projetos:
Água Doce
Serviços Populares – Petrópolis/RJ - Brasil
AKTION EINE WELT - Rottweil/Alemanha;
AMNTENA
(Nordargentischer Freundeskreis e.V.) - Ittlingen/Alemanha;
DED
(-SACTES-Serviço Alemão de Cooperação Tëcnica e Social) - Berlim/Alemanha;
Fundação
ACESITA - Timóteo/MG;
Fundação
VITAE - São Paulo/SP;
Heimvolkshochschule ST. BONIFATIUS -
Winterberg-Elkeringhausen/ Alemanha;
PRORENDA
Rural / GTZ – EMATER - Belo Horizonte/MG;
Sächsischer
Landtag (AL do Estado de Sachsen) - Dresden/Alemanha;
SENAC- MG –
Serviço Nacional do Comércio - Belo Horizonte/MG;
SEOP
(Serviço de Educação e Organização Popular) - Petrópolis/RJ;
S.I.S. (Stiftung für internationale Solidarität und
Partnerschaft - Bonn/Alemanha;
XEROX - Rio
de Janeiro/RJ;
Consulado
Geral da Alemanha no Brasil – Rio de Janeiro;
Wege zur Einen Welt – Göttingen/Alemanha;
Instituto
Telemig Celular – Belo Horizonte/MG
Organizações
que participaram em projetos conjuntos com a Funivale, mas que repassaram os
recursos diretamente aos projetos e não através da Funivale:
Fundo
Cristão para Crianças – Diamantina/MG;
Secretaria
de Estado de Educação - Belo Horizonte/MG
Organizações que apoiam os projetos da Funivale com assessoria e
cooperação técnica:
AJUP
(Instituto de Apoio Jurídico Popular) - Rio de Janeiro/RJ;
AMAJE
(Associação dos Municípios da Alto Jequitinhonha) - Diamantina/MG;
CAV (Centro
de Agricultura Alternativa Vicente Nica) - Turmalina/MG;
CAMPO
(Centro de Assessoria ao Movimento Popular) - Rio de Janeiro/RJ;
CDG (Carl
Duisberg Gesellschaft - ASA-Programm) - Berlim/Alemanha;
CISAJE
(Conselho Intermunicipal de Saúde do Alto Jequitinhonha) - Diamantina/MG;
Cooperativa
dos Produtores Rurais - Serro/MG;
COPASA
(Companhia de Saneamento de Minas Gerais) - Belo Horizonte, Serro/MG;
CORPO de
BOMBEIROS - Diamantina/MG;
DKWE’s -
Graz, Klagenfurt, Salzburg/Áustria;
EMATER MG -
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais -
Serro/MG;
EMPEZAMOS -
Viena/Áustria e Bolzano/Itália;
GESTORA -
Belo Horizonte/MG;
GIFE (Grupo
de Institutos, Fundações e Empresas) - São Paulo/SP;
IEF
(Instituto Estadual de Florestas) - Diamantina, Serro, Belo Horizonte/MG;
IGAM
(Instituto Mineiro de Gestão das Águas) - Belo Horizonte/MG;
RURALMINAS
(Fundação Rural Mineira) - Belo Horizonte/MG e Diamantina/MG;
Secretaria
de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
- Belo
Horizonte/MG;
SENAR -
S.S.V.P. - São Gonçalo do Rio das Pedras - Serro/MG;
Sindicato
dos Trabalhadores Rurais de Diamantina - Diamantina/MG;
Sindicato
dos Trabalhadores Rurais de Gouveia - Gouveia - MG;
Sindicato
dos Produtores Rurais de Diamantina - Diamantia/MG;
Sindicato
dos Produtores Rurais de Petrópolis - Petropolis/RJ;
Sindicato
dos Produtores Rurais de Serro - Serro/MG;
Sindicato
Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais - Diamantina/MG;
ÖED (Serviço
Austríaco de Cooperação e Desenvolvimento) - Viena/Áustria;
Projeto
MANUELZÃO - Belo Horizonte /MG
A área total da
FUNIVALE está inserida na Área de Proteção Ambiental - A.P.A. das Águas
Vertentes.
Anexo 2
DECRETO MG 39399
de 21/01/1998
Ementa: |
DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DA AREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL - APA NO ESTADO DE MINAS GERAIS E DA OUTRAS PROVIDENCIAS. |
Observação: |
APA DAS AGUAS VERTENTES. |
Fonte: |
PUBLICAÇÃO - MINAS GERAIS DIÁRIO DO EXECUTIVO - 22/01/1998 PÁG. 2 COL. 2 |
Indexação: |
CRIAÇÃO, AREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL, MUNICÍPIO, COUTO MAGALHÃES DE MINAS, DIAMANTINA, FELICIO DOS SANTOS, RIO VERMELHO, SANTO ANTONIO DO ITAMBE, SERRO, SERRA AZUL DE MINAS. |
Catálogo: |
MEIO AMBIENTE. |
|
Dispõe sobre a criação da Área de Proteção Ambiental - APA no Estado de Minas Gerais e dá outras providências.
Art. 2º - A declaração de que trata o artigo anterior, além de garantir a conservação do conjunto paisagístico e da cultura regionais, tem por objetivos específicos: I - proteger os solos, a fauna e a flora, e promover a recuperação das áreas degradadas; II - proteger e recuperar a qualidade das águas superficiais e subterrâneas; III - promover e estimular programas de educação ambiental; IV - promover atividades econômicas compatíveis com a qualidade ambiental desejável para a região; V - promover, desenvolver e ordenar o ecoturismo regional.
I - o procedimento de zoneamento da APA será realizado no âmbito do Sistema de Meio Ambiente do Estado de Minas Gerais, através do Sistema de Gestão Colegiada das Áreas de Proteção Ambiental - APA's, representado pelo Conselho Consultivo da APA das Águas Vertentes, que indicará as atividades a serem implementadas em cada zona, bem como as que deverão ser disciplinadas, restringidas ou proibidas, de acordo com a legislação aplicável, objetivando a conservação dos recursos naturais, dentre os quais se inclui, além do ar, água, solo e biota nativa, a própria paisagem; II - a utilização dos instrumentos legais e dos incentivos financeiros governamentais, para assegurar a proteção da Zona de Vida Silvestre, o uso racional do solo e outras medidas referentes à salvaguarda dos recursos ambientais e à implantação dos programas de manejo da APA das Águas Vertentes, são indispensáveis, não obstante as gestões de agentes locais e do próprio Conselho Consultivo da APA das Águas Vertentes no sentido de alcançar a auto-sustentabilidade dessa unidade de conservação; III - a aplicação, quando cabível, de medidas legais destinadas a impedir ou evitar o exercício de atividades causadoras de degradação da qualidade ambiental; IV - a divulgação das medidas previstas neste Decreto, objetivando o esclarecimento e o envolvimento da comunidade local sobre a APA e suas finalidades; V - a proposição e implantação de estudos e projetos visando o desenvolvimento de atividades compatíveis com o meio ambiente regional.
restringidas: I - a implantação de atividades industriais potencialmente poluidoras, capazes de afetar mananciais de águas; II - a realização de obras de terraplanagem e a abertura de canais, quando essas iniciativas importarem alteração das condições ecológicas locais, principalmente da Zona da Visa Silvestre, onde a biota será protegida com maior rigor; III - o exercício de atividades capazes de provocar erosão das terras ou assoreamento das coleções hídricas; IV - o exercício de atividades que ameacem extinguir as espécies raras de fauna e flora ou ameaçadas da biota, o patrimônio histórico-cultural, as manchas de vegetação primitiva e as nascentes de cursos d'água existentes na região.
I - após estudos do projeto, exame das alternativas possíveis e a avaliação de suas conseqüências ambientais; II - com a indicação das restrições e medidas consideradas necessárias à salvaguarda dos ecossistemas atingidos. Parágrafo único - As autorizações concedidas pelo COPAM não dispensam outras autorizações e licenças federais, estaduais e municipais porventura exigíveis.
I - a construção de edificações em terrenos, que, por suas características, não comportarem a existência simultânea de poços para receber o despejo de fossas sépticas, e de poços de abastecimento d'água, que fiquem a salvo de contaminação, quando não houver rede de coleta e estação de tratamento de esgoto em funcionamento; II - a execução de projeto de urbanização sem autorização, alvará, licença federal, estadual e municipal exigíveis.
Parágrafo único - A Zona de Vida Silvestre, de que trata o caput deste artigo, compreende as áreas mencionadas no artigo 18 da Lei de nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, consideradas como reservas ecológicas ou de relevante interesse ecológico, ainda que de domínio privado, e fica sujeita às restrições de uso e penalidades estabelecidas nos termos dos Decretos de nº 88.351, de 1º de junho de 1983 e 89.532, de 6 de abril de 1984.
gerais: I - desenvolver as atividades rurais de tal forma que seja evitada a erosão das terras, utilizando-as de acordo com a sua capacidade de suporte, conforme determinação da EMATER para a região; II - promover a recuperação das áreas de preservação permanente, iniciando-se pelas áreas ribeirinhas e aquelas que protegem as nascentes e olhos d'água; III - evitar o acesso de animais domésticos aos corpos d'água ou permiti-lo de forma compatível com a manutenção da qualidade ambiental do local e das características naturais da água, principalmente nos mananciais de abastecimento público; IV - evitar o uso de agro-químicos próximo aos corpos d'água ou fazê-lo sob cuidados especiais, evitando o carregamento deles às águas superficiais ou aos lençóis freáticos, principalmente nas regiões dos mananciais de abastecimento público; V - recompor a Reserva Legal Obrigatória, conforme determinação do Decreto de nº 33.944, de 18 de setembro de 1992, em seu artigo 14; VI - promover a coleta e destinação adequadas dos esgotos industriais e domésticos, sendo proibido os despejos deles em qualquer corpo d'água sem o tratamento indicado pelo órgão ambiental componente, de acordo com os padrões estabelecidos em regulamento; VII - planejar o crescimento dos municípios, estabelecendo as normas específicas devidamente compatibilizadas com as posturas municipais, que deverão orientar o parcelamento do solo, a localização industrial, a exploração mineral e a definição das áreas de preservação de mananciais locais; VIII - evitar a erosão dos solos urbanos e rurais; IX - planejar a destinação final dos resíduos sólidos, promovendo a integração dos municípios, na solução desse problema. § 1º - O poder público estadual incentivará as medidas indicadas neste artigo. § 2º - O regulamento da APA das Águas Vertentes estabelecerá os prazos para adaptação às determinações deste Decreto.
Parágrafo único - Dos atos e decisões do Sistema de Gestão Colegiada referentes a esta APA, cabe recurso ao Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM.
Art. 15 - O Sistema de Gestão Colegiada expedirá as instruções normativas aprovadas no Conselho Consultivo da APA das Águas Vertentes, necessárias ao cumprimento deste decreto.
|
|
|
[1] LUZ, Dioclécio. Rádios Comunitárias: Trilha apaixonada e bem-humorada do que é e de como fazer rádios comunitárias, na intenção de mudar o mundo. Brasília: Edição Independente, 200, 176 p.